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Segundo dados do MEC, o Brasil tem apenas 11% das matrículas do ensino médio em educação técnica. Com o intuito de debatersobre a importância da educação técnica no Vale do Itajaí na última segunda-feira (20), representantes da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e Sesi/Senai Vale do Itajaí, se reuniram para discutir melhorias e incentivos à população sobre o tema.
De acordo com o presidente da Acib, Renato Medeiros, atualmente as possibilidades de empregabilidade com boa remuneração são atrativas. “Precisamos unir forças para um novo projeto de cultura sobre a educação técnica para Blumenau”. Santa Catarina possui PIB industrial de R$ 66,3 bilhões, equivalente a 5,0% da indústria nacional. Hoje, o estado emprega mais de 2 milhões de empregados, destes, mais de 800 mil são da indústria.
De acordo com Silvia De Pieri, gerente executiva do SesiI/Senai Vale do Itajaí, atualmente, a região conta com cerca de 230 mil colaboradores na área industrial. “Atualmente a Fiesc conta com mais de 50 mil indústrias no estado e de acordo com o relatório anual da entidade, em 2020 o Senai SC teve mais de 29 mil matrículas de educação profissional, juntando cursos técnicos e aprendizagem industrial”.
Pesquisa de demandas industriais
Recentemente a Fiesc realizou uma pesquisa sobre o mercado industrial. A pesquisa aponta que os principais pontos de reclamação das empresas são falta de mão de obra qualificada, baixa escolaridade, competências comportamentais, jovens desinteressados, falta de liderança, saúde mental e sucessão.
“Após estudos, estamos realizando algumas atividades. Buscamos ouvir as empresas, o que elas realmente precisam, e com isso, oferecemos em parceria com a empresa, qualificação dos funcionários. Além disso, em parceria com as prefeituras, realizamos em contraturno dos adolescentes, cursos de iniciação profissional. Além de Educação Maker, cursos de qualificação de curto, médio e longo prazo e EJA”, comentou Silvia.
O profissional do futuro
De acordo com Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD), com base na projeção populacional do IBGE, o Brasil tem 21,5% da população de 16 a 29 anos que só estuda; 11,9% estuda e ao mesmo tempo trabalha; 40,7% só trabalha e 25,8% não estuda e não trabalha. Em Santa Catarina, 15,7% só estuda; 17,2% estuda e trabalha; 50,4% só trabalha e 18,7% não estuda e não trabalha.
“Lamentavelmente, os jovens não têm interesse em se qualificar e essa pesquisa é a prova disso. Precisamos despertar a vontade e o interesse deles no que se relaciona ao estudo e isso precisa ser desde a base, ou seja, com as crianças”, comentou o vice-presidente da Fiesc para o Vale do Itajaí, Ulrich Kuhn.
Carreiras dos próximos anos
De acordo com pesquisa do Senai, as carreiras que estão crescendo e que serão tendências nos próximos anos são: condutores de processos robotizados; técnicos em mecânica veicular; engenharias ambientais e afins; pesquisadores de engenharia e tecnologia; profissionais de planejamento, programação e controles lógicos; montadores de sistemas e estruturas de aeronaves; engenheiros agrimensores e engenheiros cartógrafos; gerentes de operação de serviços em empresas de transporte de comunicação e de logística (armazenagem e distribuição); engenheiros de alimentos e afins; instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados.