ACIB recebe diretoria da Unimed
Cooperativa explicou índices que compõem os custos dos planos de saúde
Diante da gravidade da situação do repasse de valores do SUS para o Hospital Santa Isabel, a ACIB planeja buscar uma reunião com a Secretaria de Estado da Saúde para tentar uma solução o mais breve possível. “Vamos mobilizar a Facisc e entidades parceiras das cidades que usam a estrutura do Santa Isabel para termos mais voz diante do Poder Público”, garante a presidente Christiane Buerger.
A ACIB recebeu nesta segunda-feira (3) membros da diretoria do Hospital Santa Isabel para discutir o impasse entre a Rede Santa Catarina (RSC) – mantenedora do hospital – e Poder Público. Os problemas dizem respeito aos custos gerados pelos atendimentos SUS na entidade, intensificados desde 2022.
O hospital alega que não há equilíbrio financeiro entre o repasse dos valores dos atendimentos feitos pelo SUS e os gastos gerados pelos mesmos. Diante desse cenário, a RSC analisa fazer a renúncia dos atendimentos SUS se a Secretaria de Estado de Saúde não der uma solução definitiva para o problema.
“Precisamos de um equilíbrio, não estamos devendo para ninguém, mas a rede está pagando os custos do atendimento SUS. Dessa forma, não estamos mais com condição de investir no hospital”, alega o diretor executivo Juliano Petters.
“Como corpo clínico, estamos muito preocupados. Entendemos a posição da rede, mas vemos a saúde de Blumenau crescer. Hoje há serviços que fazemos e que não serão absorvidos por outros hospitais públicos”, lamenta o médico Marcos Sandrini De Toni, diretor técnico do hospital. Cerca de 74% dos atendimentos da unidade são SUS e em 2023, o déficit nos repasses chegou a R$ 22 milhões.
O hospital é referência em 46 especialidades e atende pacientes de quase 100 cidades. O Santa Isabel alega ainda que apesar do apoio da prefeitura e das conversa com a Secretaria de Saúde do Estado, não se chegou a uma solução que possa garantir o equilíbrio financeiro necessário para que as operações continuem. Dessa forma, atendimentos via SUS de Oncologia, Cardiologia, Neurologia e Pronto Socorro podem se encerrar a partir de 1º de julho, conforme documento enviado para a Secretaria Municipal de Saúde em fevereiro. A última revisão dos valores da tabela SUS ocorreu em 2013.