ACIB recebe secretário da Defesa Civil do Estado

A ACIB promoveu nesta segunda-feira (22) uma reunião com o secretário de Estado de Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza. O foco do encontro foi mostrar a situação das barragens do Alto Vale do Itajaí, estruturas são essenciais para minimizar os impactos das chuvas em Blumenau e região.

O secretário aproveitou o encontro para anunciar que o governador Jorginho Mello assinou a primeira ação do Programa De Proteção e Defesa Civil de SC. Trata-se do melhoramento fluvial do trecho urbano de Rio do Sul. “Temos a previsão de um conjunto de 25 obras para o Vale do Itajaí. Precisamos deixar o Vale mais seguro”, comenta.

Para a presidente da ACIB, Christiane Buerger, o olhar do Governo do Estado para a região é fundamental. “A questão das enchentes é algo que atinge Blumenau desde os primeiros imigrantes. Temos que cobrar para que as manutenções sejam realizadas. É de extrema importância recebermos o secretário para entendermos como está o andamento das ações que envolvem as barragens”, avalia.

No dia 7 de maio serão abertas as propostas do edital 22/2024 que trata da contratação de serviço para a realização do diagnóstico dos problemas das estruturas e assim possibilitar um planejamento adequado para recuperação e modernização das mesmas. “Todas as barragens precisam de manutenção. Com esse diagnóstico teremos a real dimensão do que será necessário fazer”, explica. Ele garante também que as barragens passaram por serviços de limpeza recentemente.

Com relação à manutenção das estruturas de Taió, Ituporanga e José Boiteux, a mesma será feita pela Celesc e a expectativa é que ocorra no segundo semestre.

Barragem de José Boiteux

A estrutura que mais gera impacto no controle das inundações em Blumenau é a que fica em José Boiteux. Entretanto, como ela foi construída em área indígena, há impasses em relação à manutenção e operação da mesma. De acordo com o secretário, neste mês será feito reparo em uma das comportas, em cooperação técnica com a Celesc.

Para agosto, está prevista a entrega do contrato de estudo ambiental e da componente indígena. O plano de trabalho para a contratação da obra de recuperação das estruturas da barragem também já está aprovado pelo governo federal, no entanto ainda falta a autorização da comunidade indígena para se iniciar a execução.

Já a revisão do projeto para a contratação da obra do canal extravasor só será iniciada após a remoção do material arqueológico localizado na área de implantação da obra. Para isso é preciso a conclusão da escola estadual onde será depositado o material.

“Uma das comportas da barragem está fechada e emperrada, não é o ideal, mas em caso de chuva forte ela já está na posição que precisa ficar. A comporta fechada, em caso de chuva, vai fazer com que o reservatório encha mais rápido e assim a comunidade indígena também será prejudicada”, explica. Por isso, ele reforça a necessidade de abertura e diálogo de todas as partes envolvidas.