Adiamento das eleições e enxugamento da máquina pública podem ajudar a enfrentar a crise

Adiamento das eleições e enxugamento da máquina pública podem ajudar a enfrentar a crise
07/04/2020

Adiamento das eleições e enxugamento da máquina pública podem ajudar a enfrentar a crise

Por Avelino Lombardi, presidente da Acib.

O enxugamento e a maior eficiência da máquina pública em todas as esferas de poder sempre foram bandeiras defendidas pela Associação Empresarial de Blumenau (Acib). Neste momento de crise sem precedentes, é imprescindível voltarmos a esse tema. Temos acompanhado de perto as dificuldades das empresas e buscando incessantemente alternativas para driblar a crise, como a postergação de impostos e a flexibilização da legislação trabalhista. Alguns negócios certamente serão obrigados a fechar as portas, pequenos empreendimentos sofrerão perdas irreparáveis e até grandes indústrias terão que se reinventar para a nova realidade.

Porém, nada ouvimos, por parte dos poderes constituídos, em relação a diminuir os gastos com funcionalismo público, corte de benefícios, etc. Neste momento delicado que vivemos, precisamos unir esforços a fim de buscar os recursos necessários para o enfrentamento da crise. Todos devem dar sua contribuição.

Além de medidas para diminuir os gastos púbicos, uma das maneiras de fazer isso seria a transferência das eleições de 2020 para 2022. Os recursos do fundo eleitoral destinados ao financiamento das eleições deste ano, além de todo o investimento necessário por parte do governo para o pleito eleitoral, poderiam ser aplicados em ações concretas de restabelecimento da economia e contenção da pandemia. No próprio Senado Federal as propostas legislativas de adiamento das eleições municipais, de 2020 para 2022, vêm ganhando força. Alguns estimam uma economia de até R$ 1,5 bilhão na unificação das eleições, além dos recursos do fundo eleitoral, que não seriam utilizados.

Nós, como entidade de classe, bem como toda a sociedade organizada, devemos envidar esforços no sentido de pressionar o Poder Executivo a diminuir o tamanho do Estado.Defendemos a retomada da atividade econômica e a adoção do isolamento vertical para as pessoas que correm maior risco.Precisamos fazer a economia voltar a girar, sem jamais deixar de lado a saúde e a preservação da integridade das pessoas.

Temos fé de que, juntos, conseguiremos atravessar essa crise e retomar a nossa economia. No entanto, todos devem fazer sua parte. A nossa força está na nossa união.

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