Gestora da DBR fala sobre comportamento do consumidor na pandemia para o Núcleo de Marketing

O comportamento do consumidor na pandemia foi tema de um bate-papo que o Núcleo de Marketing da Acib promoveu na quarta-feira (31) com a gestora da DBR, empresa de full commerce, que tem em seu portfólio o portal de moda www.posthaus.com.br, Taisa Bornhofen.

Taisa apresentou dados mostrando que as vendas do e-commerce no Brasil cresceram 41% no ano passado. Dos R$ 87 bilhões de vendas online em 2020, R$ 46 bilhõesforam realizadas por meio de dispositivo mobile. Os dados são do relatório Webshoppers, da Ebit/Nielsen. Já o levantamento da Neotrust, também apresentado pela gestora da DBR, mostra um crescimento de 68% do ano passado e projeta um crescimento de 18% para este ano.

Ambos os levantamentos mostram um crescimento significativo na participação da região nordeste no ecommerce. A Ebit aponta um crescimento de 101% naquela região. Já o Sudeste segue o mais representativo dentre as regiões, com incremento de 32%.

Crescimento do Posthaus

O Posthaus teve um crescimento de 39% em 2020. No ano passado, ganhou 500 mil novos clientes em relação a 2019 (200 mil a mais que o número de novos de 2019). Ainda segundo Taisa, 80% dos pedidos do Posthaus foram via mobile em 2020. Uma das estratégias utilizadas foi apostar no frete grátis. No Brasil, os pedidos com frete grátis aumentaram 41% em 2020, e continua sendo um fator de decisão para o consumidor. “Ano passado parte do nosso investimento de marketing focando em buscar novos consumidores, foi desviado para pagar essa conta do frete grátis”, apontou.

Além disso, Taisa credita parte do aumento das vendas ao auxílio emergencial oferecido pelo Governo Federal. “Tivemos em média 5 mil pedidos por mês com o cartão do auxílio emergencial. Já notamos a diferença a partir de janeiro com o término do auxílio”.

Critérios de compra e perspectivas

Ao mostrar dados do Google, Taisa elencou os principais critérios para as pessoas comprarem este ano. Segundo o levantamento, os brasileiros estão priorizando itens básicos e adiando altos desembolsos (eletrônicos, móveis). Os critérios que levariam os consumidores a comprar neste ano seriam: preço, segurança, promoções, entrega grátis e cumprimento dos protocolos de segurança.

Quanto às perspectivas para 2021, Taisa espera um crescimento de 10% sobre a base do ano passado. “Apesar do crescimento nos primeiros meses deste ano, estamos sentindo que está mais difícil vender. Eu prevejo um ano difícil. Temos tentado diversificar nossa oferta para não ficarmos dependentes somente de um público”.