Núcleo de Educação Básica Privada da Acib participa de encontro online sobre a Covid-19 na educação infantil

Núcleo de Educação Básica Privada da Acib participa de encontro online sobre a Covid-19 na educação infantil
24/03/2021

Núcleo de Educação Básica Privada da Acib participa de encontro online sobre a Covid-19 na educação infantil

Os cuidados e as mudanças causadas pelo Coronavírus na educação infantil foram tema de um bate-papo online com a participação do Núcleode Educação Básica Privada da Acib nesta terça-feira, dia 23 de março, a convite do médico pneumologista pediátrico Hamilton Fogaça. O evento contou com a participação dos pediatras Loriete da Cunha, Marcela Barros, Rogério João Machado e da infectologista Giuliana Stravinskas Durigon, além da secretária de Educação de Blumenau (SC), Patrícia Lueders.

A infectologista Giuliana Stravinskas Durigon alertou sobre alguns mitos que são recorrentes em relação ao Coronavírus e as crianças. “Existem um mito em relação a autoproteção das crianças ao Covid-19. Algumas pessoas acreditam que os pequenos são ‘imunes’ a doença. É importante ressaltar que as crianças não estão livres de pegar Covid-19, mas, da mesma forma que adultos podem apresentar sintomas leves ou serem assintomáticos, as crianças também podem ser, ou pegar apenas um resfriado leve, por exemplo”.

Giuliana aponta que é fundamental que se alguma criança estiver contaminada, ela seja isolada, para que não haja contaminação dos demais alunos. “Por isso é importante que se a criança estiver doente, ela fique em casa. Nesse caso, existem alguns métodos eficazes que as escolas precisam adotar, sendo: orientar as famílias a não levarem as crianças que estivem com algum sintoma, organizar palestras e demais ações com o objetivo de conscientizar ou ainda fazer checklist virtual diário com os pais sobre a saúde da criança. A escola também possui um papel importante na hora de identificar a criança doente, esteja ela ou não com Covid-19, mas com gripe, diarreia, com pai ou mãe que estejam esperando resultado de Covid-19, e caso for necessário, isolar a criança em algum local da escola e avisar os responsáveis rapidamente”, explica a infectologista.

Em relação às medidas de proteção, como é o caso da higiene das mãos com álcool em gel, Giuliana explica que é necessário ter atenção redobrada para as crianças menores. “Elas podem colocar o álcool no olho, e caso ele seja muito pegajoso, pode irritar o olho e ser desconfortável. Por isso, o ato da higienização precisa ser supervisionado por um adulto, ensinando a usar, e se tiver uma alguma pia por perto, ensinar como lavar as mão para os pequenos. Com a máscara, os profissionais das escolas também podem orientar as crianças”, informa.

Outro ponto importante, a médica informa que neste momento em que o aumento dos casos é recorrente, não temos como distinguir se é Coronavírus ou apenas uma gripe, por exemplo. “O grau de suspeita precisa ser muito maior, e no primeiro momento, não dá pra saber”.

No cenário em que as crianças são pequenas, é fundamental que assim que identificado algum sintoma, ela sejaisolada rapidamente e os responsáveis contatados. “Nos casos em que a criança foi isolada com suspeita, existem alguns cuidados com as demais crianças. Nestes casos, a orientação é que uma vez que tenha uma criança suspeita na sala de aula, todos devem ficar em alerta, as famílias precisam ser avisadas. Posteriormente, cobrar a família se ela procurou um profissional da saúde, qual o resultado do teste, e se for positivo, é preciso que todos fiquem isolados por 14 dias, e a criança que estiver doente fica afastada enquanto não tiver liberação médica. Se existir mais de um caso na mesma sala, todos devem ficar isolados, pois se entende que há um surto neste ambiente”, aponta Dra. Giuliana.

A secretária de Educação, Patrícia Lueders, complementa que em todo o estado de Santa Catarina existem diretrizes de saúde e segurança sanitárias, onde cada município desenvolveu os seus protocolos. “Blumenau lançou um comitê em que a Secretaria da Educação é a responsável para dialogar sobre a realidade da Covid-19 na cidade. E uma grande dificuldade é a fiscalização e cumprimento dessas normas. Toda unidade precisa cumprir o regramento na íntegra, esteja aquela criança com uma coriza ou qualquer outro sintoma, ela precisa ser afastada. Construímos uma portaria conjunta, onde se a criança que está com suspeita tem contato com algum outro individuo, toda a turma é afastada por 15 dias”, comenta.

Patrícia conclui informando que segundo um levantamento da Secretaria da Edução, no começo da pandemia, cerca de 67% das famílias informaram que queriam o ensino presencial e hoje há 58% das famílias que estão encaminhando as crianças para as aulas presenciais.

Quanto à vacina da gripe, Giuliana afirma que se a criança teve Covid-19 recentemente, não existe contraindicação para a vacina do Influenza. “Somente se a pessoa teve Covid-19 e vai se vacinar contra a mesma doença, nesse caso, é indicado esperar um intervalo”, finaliza a infectologista.

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