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Nesta quinta-feira (4), a secretária de Educação do Município, Patrícia Lueders, participou de uma reunião online com integrantes do Núcleo de Educação Básica Privada da Acib e do Núcleo de Educação Infantil da Ampe. A secretária mostrou-se solidária e preocupada com a situação das escolas e ciente das consequências financeiras. Segundo ela, até o dia 2 de agosto não há autorização para voltarem as aulas. “Tudo vai depender da decisão do Governo do Estado”, frisou.
A secretária informou que foi criada uma comissão entre o Ministério Público de Santa Catarina, Tribunal de Contas, Secretaria de Estado da Educação, Assembleia Legislativa e Undime. Nesta comissão, o MP deve apresentar um plano de retorno. Ela se comprometeu em buscar a possibilidade de incluir um representante da rede privada de ensino na comissão. Após ouvir as observações dos representantes das escolas, Patrícia também se dispôs a estreitar a parceria entre a Secretaria e as escolas privadas, bem como uma maior interação com o Conselho Municipal de Educação.
O coordenador do núcleo da Acib e diretor do Colégio Excelsior, Osni Mette, falou sobre a preocupação com o atual momento. “Uma pesquisa com 49 escolas privadas de Blumenau apontou uma saída de quase 1446 alunos e 137 funcionários desligados. A preocupação que temos é: para onde vão essas crianças?” Segundo ele, muitas crianças acabam ficando em locais que não são regulamentados porque os pais precisam trabalhar. Mette sugeriu o retorno com uma forma híbrida de ensino: que as famílias que quiserem possam enviar as crianças para a escola e quem não estiver seguro continue tendo aulas remotas.
Cristiane Marciniack, coordenadora do Núcleo de Educação Infantil da Ampe, informou que até o dia 2 de agosto as escolas completarão 137 dias de aulas suspensas, sendo que a média na maioria dos países não passou de 60 dias. Por isso, questionou: o que impede de podermos planejar um retorno gradual?
O diretor da Escola Barão, Marcos da Silva, ressaltou que o bem estar de todos é prioridade para as escolas. “Nossa escola contratou uma médica infectologista para fazer o trabalho de orientação do que é o correto em um plano sanitário de retomada das aulas.
O que consideramos mais correto, até pelo exemplo de outros países, é começarmos gradualmente por faixa etária, trabalhando a questão da segurança em paralelo às atividades escolares. Temos que dar segurança para as crianças e para as famílias”, apontou. Silva considerou incoerência a liberação de escolas de dança e não do treinamento esportivo nas escolas para todas as faixas etárias. “O que precisa é ter a aplicação e consistência de um plano sanitário”, afirmou.
Glauco Inocêncio Foltran, do Colégio Bom Jesus, concorda com a retomada de forma gradativa e alertou para o fato de que famílias que estão cancelando as matrículas nas escolas privadas sem ter matriculado em uma escola pública.
Também presente na reunião, a presidente do Conselho Municipal de Educação, Maria Luiza Oliveira, disse que tem levado em consideração as especificidades da rede privada e buscado alternativas. Mas, ressaltou que o Conselho não pode ir contra o decreto do Governo Estadual.
Ao final, o presidente da Acib Avelino Lombardi elogiou a postura da secretária Patrícia Lueders, pela transparência e abertura que sempre deu à Acib.