Finalistas do 24º Prêmio Gustav Salinger apresentam seus cases na segunda fase de avaliação
Vencedores do prêmio serão conhecidos no dia 10 de novembro.
Diante da gravidade da situação do repasse de valores do SUS para o Hospital Santa Isabel, a ACIB planeja buscar uma reunião com a Secretaria de Estado da Saúde para tentar uma solução o mais breve possível. “Vamos mobilizar a Facisc e entidades parceiras das cidades que usam a estrutura do Santa Isabel para termos mais voz diante do Poder Público”, garante a presidente Christiane Buerger.
A ACIB recebeu nesta segunda-feira (3) membros da diretoria do Hospital Santa Isabel para discutir o impasse entre a Rede Santa Catarina (RSC) – mantenedora do hospital – e Poder Público. Os problemas dizem respeito aos custos gerados pelos atendimentos SUS na entidade, intensificados desde 2022.
O hospital alega que não há equilíbrio financeiro entre o repasse dos valores dos atendimentos feitos pelo SUS e os gastos gerados pelos mesmos. Diante desse cenário, a RSC analisa fazer a renúncia dos atendimentos SUS se a Secretaria de Estado de Saúde não der uma solução definitiva para o problema.
“Precisamos de um equilíbrio, não estamos devendo para ninguém, mas a rede está pagando os custos do atendimento SUS. Dessa forma, não estamos mais com condição de investir no hospital”, alega o diretor executivo Juliano Petters.
“Como corpo clínico, estamos muito preocupados. Entendemos a posição da rede, mas vemos a saúde de Blumenau crescer. Hoje há serviços que fazemos e que não serão absorvidos por outros hospitais públicos”, lamenta o médico Marcos Sandrini De Toni, diretor técnico do hospital. Cerca de 74% dos atendimentos da unidade são SUS e em 2023, o déficit nos repasses chegou a R$ 22 milhões.
O hospital é referência em 46 especialidades e atende pacientes de quase 100 cidades. O Santa Isabel alega ainda que apesar do apoio da prefeitura e das conversa com a Secretaria de Saúde do Estado, não se chegou a uma solução que possa garantir o equilíbrio financeiro necessário para que as operações continuem. Dessa forma, atendimentos via SUS de Oncologia, Cardiologia, Neurologia e Pronto Socorro podem se encerrar a partir de 1º de julho, conforme documento enviado para a Secretaria Municipal de Saúde em fevereiro. A última revisão dos valores da tabela SUS ocorreu em 2013.